“Falam que o mês de Agosto dá azar, mas pra gente foi quando tudo começou”, diz noiva de Casamento Comunitário realizado em Mateiros

Divulgação Homem negro, alto, casando com mulher parda, baixa, de cabelos longos cacheados, ambos trajados de branco. Juiz de paz celebra casamento, um homem negro, de paletó preto, camisa lilás, de microfone na mão

Falam que o mês de Agosto dá azar, mas pra gente foi quando tudo começou. Desde quando começamos, queríamos que nosso casamento fosse em agosto, e deu certo! Foi uma experiência maravilhosa, todo o pessoal envolvido nos orientou e deu todo o apoio que precisávamos. A fala de todos durante a cerimônia foi linda, sem falar da decoração que estava impecável, simples, mas que nos proporcionou muitas recordações! Um dia que ficará marcado!, disse Andressa Bortolotti.

Ela e o noivo Luciano Mamedio dos Santos, ambos com 23 anos, foram um dos sete casais que disseram sim, na última sexta-feira (16/8). O palco do auditório do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) foi o cenário escolhido e preparado para receber a cerimônia do Casamento Comunitário realizada por intermédio do Justiça Bem Aqui juiz Sândalo Bueno do Nascimento - Ponto de Inclusão Digital (PID) de Mateiros, a 306 Km de Palmas.

Dúvidas sobre a documentação, custos, presença de testemunhas e outras foram sanadas por Andressa no PID Mateiros, no estande do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), uma vez que esta unidade do Poder Judiciário do Tocantins (PJTO) é a responsável pela organização dos Casamentos Civis Comunitários. A realização é feita com o apoio da Corregedoria Geral da Justiça (CGJUS) e a parceria dos cartórios de registro civil e prefeituras municipais, desde 2022.

Amor (a)gosto

Luciano, nascido e criado em Mateiros, brigadista do Naturatins. Andressa, natural de Palotina, no Paraná, estudante. Uma história que se firmou no mês de agosto, considerado para muitos o mês do “desgosto”, mas não para eles. Ela conta que se mudou para Mateiros em 2021, começaram a namorar em abril de 2022 e, em agosto do mesmo ano, começaram a morar juntos. E que, também por ser fã da saga Crepúsculo, sempre quis casar em Agosto, como os protagonistas Bella e Edward que se casaram dia 13 de agosto.

“Esse foi o principal motivo, sou grande fã da saga desde 2008 (risos). E o restante tudo se alinhou pra esse mês também, começamos a morar juntos, que foi o período de grandes mudanças pra gente, e em agosto do ano passado nos mudamos para onde moramos hoje e conquistamos muitas coisas de lá pra cá, como a aprovação do meu concurso que estou aguardando a nomeação, dentre outras”, disse Andressa destacando ainda que “um pouco antes de começarmos morar juntos, fizemos uma viagem, e nela ele me pediu em casamento, e desde lá queríamos oficializar, mas sempre surgia um imprevisto ou um gasto e o casamento comunitário veio na hora certa e ainda no dia 16 de agosto, pertinho do dia 13, estou muito feliz e grata”.

Casamento Comunitário

As dúvidas da Andressa sobre o Casamento Comunitário foram sanadas pelo Cejusc Polo de Porto Nacional, por meio da servidora Tatiane Tavares de Matos, que atua no PID Mateiros. Ela explica que não há custo para o cidadão e cidadã, apenas uma taxa cartorial simbólica no valor de R$ 17,00 para registro na Central de Informações do Registro Civil das Pessoas Naturais (CRC Natural). E que, para participar é necessário: formulário preenchido para cada um dos noivos, documentos pessoais (RG E CPF), comprovante de residência, comprovante de renda (carteira de trabalho ou contracheque ou olerite) e CadÚnico, caso sejam beneficiários assistenciais, para fins de comprovação de hipossuficiência financeira.

O projeto é uma ação de cidadania e inclusão social que visa facilitar a legalização do casamento civil. A cerimônia foi realizada em uma parceria da Diretoria do Foro de Ponte Alta com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) - Polo de Porto Nacional. E o celebrante do casamento foi o juiz de paz do cartório de Mateiros, Junio Costa dos Santos. Na ocasião, a secretária do Cejusc Polo de Porto Nacional, Mariana Valente, participou do ato representando o coordenador do Cejusc Polo de Porto Nacional, juiz Ciro Rosa de Oliveira e o diretor do Foro e corregedor Permanente da Comarca de Ponte Alta do Tocantins, juiz Jorge Amâncio de Oliveira.

O Casamento Comunitário atende às Resoluções nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário; e à nº 1, de 10 de janeiro de 2020 do Tribunal de Justiça do Tocantins, que dispõe sobre a Política Judiciária Estadual de tratamento dos conflitos de interesses judiciais, disciplina a organização e funcionamento do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e às atividades dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Poder Judiciário do Estado do Tocantins.

 


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