
Os membros do Centro de Inovação (Inovassol) do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) realizaram, na tarde desta segunda-feira (26/8), uma dinâmica com os servidores do gabinete da desembargadora Ângela Haonat, para desenvolver e debater ideias de aperfeiçoamento nos processos de conciliação de segundo grau.
A atividade, chamada Oficina Raízes, foi uma demanda do gabinete, que é responsável pela Meta 3 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e tem o objetivo de estimular a conciliação no Poder Judiciário. A motivação da dinâmica foi desenvolver um projeto para auxiliar na resolução dos processos, utilizando a Inteligência Artificial ou análise de dados, e avaliar as necessidades para alcançar a meta de maneira mais eficiente.
A assessora jurídica Tereza Rachel Noleto falou sobre a necessidade de um projeto para agilizar as fases da conciliação e garantir que a meta seja superada. “Existe uma dificuldade quando os processos chegam até os gabinetes de identificar quais estão aptos ou não de conseguirem êxito na conciliação, e uma ferramenta que ajudasse nisso seria uma ótima adição no nosso trabalho”, falou.
Ministrando a oficina, estavam os servidores do Inovassol, o analista de comunicação Bruno Vieira de Melo Aguiar; a assessora de 1° instância, Viviane de Moura Fragoso; e o assessor técnico André Vinicius Di Oliveira Gomes. Para realizar o exercício, os presentes se dividiram em dois grupos coordenados pelos assessores jurídicos Max Suel Tavares Pinheiro e Tereza Rachel Noleto.
Dinâmica
A Oficina Raízes é a primeira etapa dos serviços de inovação do Inovassol. A primeira fase, chamada raízes, visa investigar e identificar o problema para desenvolver as ideias necessárias e suprir as demandas. Nessa etapa, foram utilizadas duas ferramentas da metodologia Design Thinking: a primeira chamada Espinha de Peixe, que provoca os envolvidos a discutir o problema, dividindo-o em quatro partes: a infraestrutura, processos, pessoas e regras.
Após identificada a problemática, se passa para a segunda etapa, o Mapa de Empatia, que discute o problema a partir da perspectiva do(a) servidor(a), entendendo o que ele(a) ouve, sente, vê e faz em relação a isso, e como ele interfere dentro de sua rotina.
Nos exercícios, os participantes levantam estratégias para o desenvolvimento de uma solução para suas necessidades, abordando obstáculos recorrentes nos processos, como o longo tempo de espera, a falta de um filtro para identificar os processos mais conciliáveis, a precisão de automatizar as fases dos processos, dentre outros.
Em paralelo, também eram abordados possíveis meios para romper essas barreiras, como conscientizar os gabinetes da importância de conciliar; a realização e divulgação ampla de mutirões, inclusive em meios como rádio, para alcançar uma população mais carente que não tenha acesso à internet; a disposição de mais materiais para trabalho e a ampliação do espaço para a equipe, sempre destacando uma ferramenta que agilize digitalmente as fases dos processos manuais.
Ao fim da atividade, os grupos apresentaram suas indagações e debateram com os(as) colegas(as).
O assessor jurídico Max Suel Tavares Pinheiro comentou o quão crucial foi o momento para os presentes. “Essa oficina foi de extrema importância, até porque nós temos consciência de qual é o nosso problema, que é atingir maiores números da Meta 3, mas ao mesmo tempo, para conseguir identificar, melhorar esse objetivo, a gente tem que ver quais são os problemas. Ver todo o cenário. E descobri-lo para podermos melhorar no resultado final”, disse.
O analista de comunicação Bruno Vieira terminou parabenizando os participantes pelo empenho, e atentando para a próxima fase da dinâmica, que será quando eles procurarão desenvolver a ideia para sanar as questões tratadas no primeiro encontro. Ele disponibilizou o plano de serviços do espaço de inovação, e o colocou à disposição de qualquer outro gabinete que necessite.