
O juiz da 1ª Vara Criminal de Palmas, Cledson José Dias Nunes, decidiu que o acusado de matar a tiros o conhecido triatleta Wanderson de Sousa Santos, de 23 anos, vai ser julgado pelo júri popular.
Em decisão de pronúncia - quando o magistrado decide mandar o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri -, o juiz afirma haver prova de que houve um crime doloso contra a vida, e há indícios suficientes de autoria ou de participação do acusado, conhecido como “Frank”, no meio policial.
Conforme a decisão publicada no dia 18 de abril, o réu permanecerá preso preventivamente.
Ao decidir, o juiz lembrou que em depoimento aos policiais, após ser identificado pelas imagens, o acusado confessou o crime e indicou seu cúmplice - que faleceu dias depois -, mas diante do juiz, durante a fase de instrução do processo, negou ser o autor dos tiros.
"Sem a pretensão de refletir o julgamento em plenário, entendo que há indícios suficientes de que o acusado foi o autor dos disparos de arma de fogo que provocaram a morte da vítima", ressaltou o juiz, ao citar elementos colhidos na fase investigativa e a prova oral coletada dos policiais que investigaram o crime.
Segundo a denúncia criminal, o acusado e outro homem, ambos faccionados, decidiram matar a vítima por acreditar que ela pertencia a uma facção rival. No dia do crime, 20 de março de 2023, prossegue a denúncia do Ministério Público, a vítima caminhava por uma avenida do bairro Jardim Aureny III, na Capital. Ao reconhecer a vítima, o acusado se aproximou em uma motocicleta e atirou contra Wanderson Santos nas pernas e na região abdominal e fugiu do local. Mesmo ferida, a vítima rastejou para o comércio local até ser socorrida e levada ao Hospital Geral de Palmas, onde morreu horas depois.
Caberá ao juiz da 1ª Vara Criminal designar uma data durante a temporada de júri da Capital para que o julgamento seja feito pelos jurados.