Avanços e desafios da Política Antimanicomial no Tocantins são debatidos na 1ª reunião do Ceimpa

Helamara Lopes Fotografia colorida onde se encontra uma grande mesa de três partes, aberta no meio, com 11 pessoas sentadas em volta. Eles estão em uma sala branca com uma cortina bege ao fundo

Uma reunião para o fortalecimento da Política Antimanicomial no Estado foi realizada nesta sexta-feira (27/9), no Tribunal de Justiça do Tocantins. A iniciativa foi conduzida pelo Comitê Estadual Interinstitucional de Monitoramento da Política Antimanicomial (Ceimpa/TJTO), instituído pela Portaria Nº 2262/2024 da Presidência do TJTO, em 9 de agosto de 2024,coordenado pelo juiz Allan Martins Ferreira.

O Ceimpa/TJTO faz parte do  Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tocantins - GMF/TO.  Esta é a primeira reunião do Comitê sobre o tema.

O encontro teve como foco a discussão sobre os desafios ainda presentes na implementação dessa política e como melhorar o fluxo e a articulação entre os diferentes setores envolvidos. O juiz Allan Martins, na ocasião, destacou as dificuldades, especialmente no que se refere ao preconceito e à estruturação da rede de apoio. 

"É evidente que a gente vai encontrar dificuldades, essas coisas não são fáceis. Há a questão do preconceito, há também a questão do fluxo que a gente ainda não estabeleceu, mas o grupo está aqui para auxiliar. Nós estaremos presentes na rede de atenção do ciclo social, tentando levar a nossa mensagem e as nossas orientações", afirmou o Juiz.

Trabalho em rede

O magistrado ressaltou a importância de melhorar o serviço da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com especial olhar às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs). 

Além disso, destacou o papel fundamental da articulação com as forças de segurança, como a Polícia Militar, para garantir um atendimento adequado em situações de crise.
"Temos que trabalhar em rede. O Poder Judiciário sozinho não consegue fazer nada, o Executivo sozinho também não consegue, o delegado de polícia, o comandante da viatura, todos precisam de orientação e apoio, assim como toda a rede de atenção psicossocial", completou.

Atualmente, no Estado, 14 pessoas permanecem internadas, das quais sete necessitarão de residência terapêutica. "A gente vai precisar do apoio das demais cidades. Não descarto a possibilidade de criar uma residência terapêutica no Sudeste. Quanto mais pulverizados formos, melhor será para diluir o preconceito", concluiu.

A reunião representa um marco na discussão sobre a inclusão social e a humanização no atendimento às pessoas em sofrimento mental no Tocantins.

Presentes

Além do juiz Allan Martins, o evento contou com a participação dos representantes da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Daniel dos santos; da Equipe de Atenção Primária (EAP), Máyra Symone; do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), Dorkas Borges Nunes e Isa Bruna Ribeiro; do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO), Thiago Franco e Micheli Angélica; da Secretária da Cidadania e Justiça (Seciju), Sandra Nazaré e Andrey Viana; Daniel Leite Furtado; da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Ingrid Karla de Nóbrega; da Defensoria Pública do Tocantins (DPE/TO), Freddy Alejandro Nunes, entre outros.


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