Em Araguaçu, Peixe e Alvorada, oficinas promovem cultura de paz e fortalecimento familiar

Divulgação Em um auditório, várias pessoas sentadas, de costa, assistindo a uma palestra; de frente a instrutora fala; na imagem aparecem um monitor à direita, uma mesa ao fundo e bandeiras à esquerda.

O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), realizou, pela primeira vez, oficinas de parentalidade nas comarcas de Araguaçu, Peixe e Alvorada, nos dias 27, 28 e 29 de maio, respectivamente.

A iniciativa integra o programa educacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que busca auxiliar famílias em processo de separação a enfrentarem os desafios emocionais e práticos de forma saudável e colaborativa.

Conduzidas pelas instrutoras Lorena Gutierrez e Wilvilândia Dalvino, as oficinas têm como foco orientar pais e filhos sobre as mudanças no núcleo familiar, incentivando o diálogo, a escuta ativa e a corresponsabilidade na criação dos filhos. A proposta é promover a humanização das decisões judiciais e prevenir novos conflitos, fortalecendo os vínculos familiares e a cultura de paz.

Pais participantes das oficinas relataram a importância da experiência para o processo de separação. "Foi uma oportunidade de mudança para as duas partes do processo", afirmou um dos presentes.

Outro pai participante enfatizou que a oficina foi muito importante para trazer à tona a importância e responsabilidade da vida familiar pós-divórcio, principalmente no tocante aos filhos. “O diálogo, a boa conversa e convivência são os pilares para tornar esse momento de separação menos doloroso e traumático", comentou, citando que gostou muito da abordagem, com linguagem clara.

Dezesseis mulheres posam para  foto; 11 estão em pé e  cinco agachadas; a maioria usa camisetas brancas com logo e nome: Oficina de Pais e Filho
Juíza Ana Paula Turíbio (c) com a equipe que trabalhou na Oficina de Pais e Filhos na Comarca de Peixe

Humanização das decisões

Para a juíza Ana Paula Turíbio, titular da Comarca de Peixe, as oficinas representam uma mudança de paradigma no Poder Judiciário. "Elas buscam a humanização das decisões, priorizam a escuta e vêm ao encontro da nossa cultura de paz", disse.

"Isso faz com que haja prevenção de novos conflitos e torna a sociedade mais pacífica, à medida que, justamente nos conflitos envolvendo a matéria de direito de família, há um diálogo maior, uma abertura maior, e as pessoas realmente saem mais conscientes dos seus papéis no divórcio, das suas obrigações, tornando mais efetiva a decisão judicial e mais harmônicas as relações sociais", reforçou a magistrada.

O juiz Fabiano Gonçalves Marques, responsável pelas comarcas de Alvorada e Araguaçu, também destacou a importância da iniciativa. "A realização das primeiras oficinas nessas comarcas representa um passo significativo para o fortalecimento da nossa comunidade e a promoção do conhecimento", destacou ele, enfatizando que as oficinas foram cuidadosamente planejadas para abordar temas relevantes, promover a troca de experiências e capacitar os participantes com ferramentas necessárias para enfrentar os desafios do dia a dia.

 

Juiz Fabiano com a equipe que trabalhou na oficina em Araguaçu. Na foto, 12 pessoas, sendo o juíz e 11 mulheres vestidas com camiseta branca com a logo e nome: Oficina de Pais e Filhos; ao centro um banner btanco da  oficina
Juiz Fabiano Gonçalves, responsável pelas comarcas de Alvorada e Araguaçu, com equipe do Cejusc

"A participação ativa dos cidadãos e a abertura para o diálogo foram fundamentais para o sucesso das atividades", ressaltou o juiz.

"Acredito que iniciativas como essa são essenciais não apenas para a formação técnica, mas também para fomentar um senso de pertencimento e cidadania. Estou muito animado com os resultados obtidos e espero que as experiências vividas inspirem novas ações e a continuidade desse trabalho em outras comarcas", concluiu.

As Oficinas de Parentalidade são gratuitas e abertas a famílias em processo de separação ou divórcio. Para mais informações sobre as próximas edições, os interessados podem procurar o Cejusc de sua comarca ou acessar o site do TJTO.


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