Desembargador Marco Villas Boas lança livro que propõe modelo integrado de gestão de áreas protegidas

Ednan Cavalcanti Na imagem, um homem está em pé, falando ao microfone. Ele veste terno azul, camisa azul-clara e gravata azul com pequenos pontos brancos. Usa óculos de grau e segura um livro aberto com a mão esquerda, enquanto parece ler ou citar um trecho. No paletó, há um pequeno broche dourado na lapela. O fundo é liso e claro, transmitindo um ambiente formal, possivelmente institucional ou acadêmico.

Durante a abertura do Seminário Mosaico Jalapão, na manhã desta segunda-feira (11/8), o desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), lançou o livro Mosaicos de Áreas Protegidas na Amazônia.

A obra, fruto de pesquisa de doutorado apresentada à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), propõe o conceito de Mosaico Etnoambiental e analisa o caso do Mosaico Gurupi, no Maranhão, como exemplo de gestão ambiental compartilhada entre lideranças indígenas e instituições públicas e privadas.

Para o desembargador Marco, reconhecer as Terras Indígenas como Áreas Protegidas e integrá-las ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação é medida essencial à preservação da biodiversidade e ao fortalecimento da governança ambiental.

Na apresentação, o jurista Valerio de Oliveira Mazzuoli classifica o trabalho como “um chamado à ação” para juristas, ambientalistas e gestores públicos, propondo a adoção de modelos colaborativos que valorizem os conhecimentos tradicionais e promovam a convivência sustentável.

O prefácio é assinado pelo Cacique Raoni Metuktire, que vê na proposta do Mosaico Gurupi uma estratégia de aliança entre povos indígenas e sociedade não indígena.

“É bom ver que este trabalho se preocupa com as Terras Indígenas, que são o lugar onde nossa cultura vive e se renova. Quero que o conhecimento dos povos indígenas seja respeitado, que tenha o valor que merece e que nossos direitos sejam defendidos, pois somos parte da terra, e a terra é parte de nós. [...]. Nesta tese, a proposta de governança permite que o diálogo dos povos indígenas com a sociedade dos “brancos” seja ampliado”, afirma.

No posfácio, a professora Gisele Cittadino ressalta que o desembargador Marco “revela um profundo compromisso com a vida e com a justiça” ao articular Direito Ambiental, Direitos Humanos e saberes tradicionais, incorporando perspectivas decoloniais e a centralidade da autodeterminação dos povos indígenas.

Ao apresentar o livro, o magistrado defendeu que o fortalecimento de conselhos gestores e a inclusão efetiva de comunidades tradicionais são passos decisivos para a preservação de biomas como o Cerrado e a Amazônia.

“Precisamos unir o conhecimento técnico e o saber tradicional para garantir que as políticas ambientais sejam efetivas e duradouras”, destacou.

Mosaicos de Áreas Protegidas na Amazônia está em pré-venda, saiba mais clicando aqui.


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