Com 30 anos dedicados ao Tribunal de Justiça, servidor pioneiro presenciou modernização e inovação no Judiciário do Tocantins

Elias Oliveira Imagem mostra um homem de cabelo branco, blusa azul e braço cruzado; ao fundo paisagem de um jardim
Rainor Santana da Cunha é assessor jurídico da Assessoria Jurídica Extrajudicial da Corregedoria-Geral de Justiça (CGJUS)

Trinta, dos 58 anos de idade de Rainor Santana da Cunha, foram dedicados ao Poder Judiciário do Tocantins (PJTO). Ele começou sua carreira no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) no Departamento de Compras, onde atuou durante seis anos. Depois, já na Corregedoria-Geral da Justiça (CGJUS), trabalhou 16 anos na Divisão de Normas e Procedimento e nos últimos oito anos, até a presente data, atua na Assessoria Jurídica Extrajudicial.

"Era o começo do Estado, início da implantação da Capital, e a gente vinha pra Palmas em busca de oportunidade. Aqui eu trabalhei na (secretaria)  Indústria e Comércio do Estado de 89 a 93 com Execução Orçamentária e Financeira e em razão disso, eu fui convidado a vir pro TJTO. Então, eu comecei no Judiciário em 1993, e quando saiu o primeiro concurso, foi a oportunidade que eu tive, fiz a prova, passei e estou aqui até hoje”.  

Segundo ele, a atuação profissional já possibilitou ver muitos avanços, tanto no Judiciário quanto no estado.

Eu trabalho com orientação e fiscalização, com isso já conheci todo o estado em razão do meu trabalho, visitei todas as cidades do meu estado e a gente vê, nesses 30 anos, a transformação, tanto do Poder Judiciário quanto do próprio estado do Tocantins.

Ele veio de sua cidade natal, Porto Nacional, distante 60 km de Palmas, com sua esposa, a assistente social Liliany Borges Ferreira da Cunha, 52 anos. Católico, o servidor é frequentador assíduo da Paróquia São José há mais de 30 anos. E tal como José, o santo protetor das famílias, Rainor sempre foi muito dedicado à sua família e optou por constituí-la antes mesmo de concluir seus estudos. E, da união de 35 anos, vieram as três filhas, todas casadas, a Leiliane (35), Juliany (32) e Renata (29), os netos Matheus (12) e a Maria Clara, que está no 'forninho'.

“Minha família é a minha base, é a minha sustentação. Minha esposa eu conheci em Porto Nacional. Eles moravam em Trindade quando os pais dela mudaram para a região e a gente se encontrou e estamos juntos até hoje, há mais de 35 anos. Primeiro eu constituí uma família, criei minhas filhas e depois fui fazer a faculdade. Eu comecei a fazer uma faculdade de Letras em Porto Nacional em 1985, mas desisti. Já em Palmas, comecei a fazer o curso de Administração, fiz quatro períodos, aqui na UFT (Universidade Federal do Tocantins). Depois eu fiz o curso de Direito em razão de já estar trabalhando no Tribunal, por força do trabalho”.

Nas horas vagas, apesar de gostar de jogar futebol, ele conta que o avançar da idade fez com que trocasse a pelada do final de semana pela academia, mas continua torcendo pelo time do coração em família, o Vasco, especialmente com o neto. “Sou muito caseiro, gosto de ficar com minha família, com meu neto que consegui convencer a ser vascaíno, apesar da guerra com o pai dele que é flamenguista, e só estou esperando a Maria Clara nascer, já deixei avisado que vai ser vascaína igual ao avô também, vai ganhar a camisa do Vasco”, brinca.

De uma família de oito irmãos, além de emprego, o jovem do interior, filho de seu Antônio Santana e dona Antônia Santana (ambos in memorian) ganhou bagagem quando veio tentar a vida na Capital.

Rainor é o personagem da folhinha do mês de Setembro do calendário institucional 2024. O produto, juntamente com a agenda, faz parte do kit comemorativo dos 35 Anos do TJTO e traz uma série especial com homenagens a pessoas que contribuíram para a construção da história da Casa de Justiça. As 11 histórias estão publicadas no site do TJTO e o acesso pode ser feito pelo QR Code disponível em cada mês do calendário.

Na vanguarda do Judiciário, pioneiro lembra que TJTO foi o primeiro a digitalizar os processos em todo o país

Muito dedicado ao serviço, o dia a dia do Rainor é da casa para o trabalho e do trabalho para casa. Trabalhando com os cartórios extrajudiciais, nessas três décadas de serviço público, o assessor destaca os avanços do Judiciário ao longo dos anos.

“Nesses 30 anos eu vi uma grande transformação no Poder Judiciário. Somos o primeiro Judiciário a digitalizar os processos eletrônicos. A nossa Corregedoria-Geral de Justiça trabalha com o sistema GISE, um sistema totalmente eletrônico de fiscalização dos cartórios, um sistema exemplo pro Brasil, inclusive recebeu o prêmio ultimamente pelo CNJ de ser um sistema de excelência”, destaca.

Ele explica com funciona o GISE. “É um sistema que a gente controla tanto os atos do cartório, como a arrecadação, como o pessoal e nós temos uma equipe que trabalha diariamente nesse sistema para que a gente tenha um bom resultado. E, justamente, por termos um parque tecnológico bem implantado, estruturado e bem desenvolvido, durante a pandemia nossa atuação não sofreu grande impacto e pudemos trabalhar em home office, mantendo as fiscalizações, correições, tudo remotamente. Tudo graças à modernização e inovação do Judiciário. Saímos de um Judiciário precário no início onde tudo era por meio físico, tudo era dificultoso e hoje nós temos um Judiciário moderno, exemplo pra todo o país”.

A celeridade e sustentabilidade trazidas pela digitalização dos processos também foi evidenciada pelo assessor jurídico.

Trabalhando com os cartórios extrajudiciais é uma visão totalmente diferente daquilo que a gente tinha há 30 anos e o que tem hoje. Antigamente, a gente trabalhava totalmente com papel, livros físicos, e hoje eu trabalho totalmente com processos eletrônicos e com cartórios também eletrônicos. Na prática, mudou pela celeridade e organização do serviço, pela segurança jurídica que nós temos do serviço eletrônico, o processo é mais rápido, é mais ágil, é um processo limpo para o meio ambiente, então, isso tudo facilitou para o trabalho, tanto dos cartórios como para nós do jurídico, para fiscalizar esse serviço.

A Assessoria Jurídica Extrajudicial da CGJUS atua junto aos Cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais; Títulos e Documentos; Registro de Pessoas Jurídicas; Registro de Protestos; Registro de Imóveis; Tabelionato de Notas.

 


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