Ações do TJTO voltadas à saúde indigena no Tocantins são destacadas no XVI Consepre

Ribamar Pinheiro/TJMA No centro, há um grande painel azul com as palavras "15 FONAJUS" e "Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde". Uma mulher está em pé em um púlpito, vestindo um blazer branco e um macacão azul, segurando um microfone e falando. Ela usa óculos e parece concentrada. Ao lado dela, um homem está sentado em uma cadeira clara, vestindo um terno escuro e uma gravata vermelha, olhando para a mulher que fala. Entre eles, há uma mesa pequena com um copo de água. Atrás do homem, estão três bandeiras: a bandeira do Brasil e outras duas bandeiras, sendo uma delas amarela. A iluminação é clara e destaca os participantes do evento.

O XVI Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), realizado em São Luís/Maranhão, promoveu o debate, nesta quinta-feira (31/07), de extensa pauta relacionada ao trabalho do Judiciário brasileiro e a promoção da Justiça. 

Temas como sustentabilidade, democracia digital, governança da inteligência artificial e proteção dos direitos humanos foram abordados nas palestras e mesas de debate. Na apresentação “Judicialização da Saúde e Povos Indígenas”, a conselheira do Conselho Nacional de Justiça, Daiane Nogueira de Lira citou a Semana Nacional da Saúde Indigena, realizada no Tocantins de 7 a 11 de abril de 2025, como uma prática exitosa e que deu origem a outras ações que levam cidadania à população mais carente.

Durante a mobilização coordenada pelo CNJ e o Comitê Estadual de Saúde do TJTO, 2.509 atendimentos foram realizados, alcançando 786 indígenas das etnias Javaé, Karajá, Kanela do Tocantins, Avá Canoeiro, Krahô-Takaywrá e Krahô-Kanela, que vivem em 24 aldeias nos municípios de Sandolândia, Lagoa da Confusão, Pium e Formoso do Araguaia. Foram ofertados serviços nas áreas de oftalmologia, pediatria e odontologia, além da emissão de documentos civis e atualização cadastral para acesso a programas sociais, como o Bolsa Família. 

“Lá a gente descobriu que, além dos especialistas, eles precisavam de água potável [...] O que a gente fez? Juntamos todo mundo e estamos, sim, fazendo um grande acordo local para garantir água potável à população. A gente já está fazendo exames mensais de potabilidade da água, o município de Formoso do Araguaia está fazendo exames mensais de potabilidade da água, e agora, a partir do segundo semestre, vai vir a construção dos poços profundos na comunidade indígena”, destacou. “A gente precisa sim sair dos nossos gabinetes, sair das nossas cadeiras e conhecer a realidade local e ser um agente de promoção de políticas públicas, especialmente em atendimento àquelas populações que mais precisam e dentre elas a saúde indígena é um grande desafio da nossa realidade”, complementou a conselheira do CNJ.

Para a presidente do TJTO, desembargadora Maysa Vendramini Rosal, “a semana permitiu que a Justiça se aproximasse dos indígenas que vivem na Ilha do Bananal e da realidade em que estão inseridos, reforçando a necessidade de um olhar sempre atento a esta parcela da sociedade”.

Ainda conforme a presidente, assim como o reconhecimento da iniciativa do Tocantins no evento, o encontro de presidentes foi uma oportunidade de conhecer outras boas práticas desenvolvidas pelos tribunais em todo o país. “Esse encontro trouxe para todos nós novas perspectivas e novas ideias de projeto, de modo que o poder judiciário possa avançar ainda mais”, frisou sobre o XVI Consepre. 


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