Justiça 4.0: Banco Nacional de Mandados de Prisão começa a operar na nova versão BNMP 3.0

Elias Oliveira Mulher branca de cabelos lisos, louros, na altura dos ombros, opera computador em duas telas. Ao fundo parede branca com persiana horizontal, com reflexo de luz rosa na parede
Cláudia Chaves destaca evolução do sistema

A ferramenta do Judiciário nacional, Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para gestão do cumprimento de ordens judiciais que envolvam pessoas sujeitas a processos criminais , passou por atualização na última semana e agora opera com a versão 3.0.

O lançamento do BNMP 3.0 - que substitui o BNMP 2.0, versão antiga -,  aconteceu na última segunda-feira (12/8) e a nova versão começou a rodar na terça-feira (13/8) com interface mais simples e intuitiva.

“A versão atual 3.0 inovou muito em relação à 2.0 ao incluir diversas outras peças, e ao permitir acesso aos usuários das Unidades Penais, assim como consulta pelo Ministério Público e Defensoria Pública. E nos grupos de WhatsApp, em âmbito nacional, tem havido muitos elogios por parte de servidores(as) e magistrados(as), pois o sistema está muito intuitivo, mesmo com a ocorrência de inconsistências momentâneas para a subida de novas versões corretivas ou de implantação e novas funcionalidades, já que o sistema permanece em contínua evolução”, disse a escrivã judicial do Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), Cláudia Chaves.

Prevista pela Resolução CNJ nº 417/2021, o BNMP 3.0 é uma das quatro ferramentas desenvolvidas no Programa Justiça 4.0, iniciativa do CNJ que conta ainda com o Domicílio Judicial Eletrônico: um endereço judicial virtual para centralizar as comunicações processuais, citações e intimações de forma eletrônica; Sniper: um sistema de investigação patrimonial que cruza bases de dados para identificar bens, ativos e patrimônio para execução e cumprimento de sentença; e o Sistema Nacional de Gestão de Bens (SNGB) – Sistema para a gestão de bens judicializados (sob guarda do Poder Judiciário).

Evolução do sistema

O BNMP foi criado em 2011, por meio da Resolução CNJ nº 137 de 13/07/2011, com a finalidade exclusiva de registro dos mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias em âmbito nacional, cuja proposta era facilitar o conhecimento por qualquer pessoa e o cumprimento de diligências por parte das autoridades policiais, assim como auxiliar os juízes no exercício de sua jurisdição.

Em 2018, com a Resolução CNJ nº 251 de 04/09/2018, o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões ganha nova versão, o BNMP 2.0. Com isso, além do registro de mandados de prisão, foram agregados outros documentos, permitindo a expedição de peças processuais concernentes à prisão e soltura, implantado no Poder Judiciário tocantinense no ano de 2018.

Com a mais nova atualização para o BNMP 3.0, conforme a Resolução CNJ nº 417, de 20/09/2021, foi otimizada a gestão do sistema do cumprimento de ordens judiciais em processos criminais ao permitir, de forma automatizada, o cadastro de indivíduos, o registro, a consulta e a emissão de documentos processuais, como mandados de prisão, alvarás de soltura ou guias de internação e outras medidas, como as diversas da prisão e as protetivas de urgência. Os dados das audiências de custódia, antes cadastrados no Sistema de Audiência de Custódia (Sistac), passarão a ser obrigatoriamente registrados no BNMP 3.0.

Capacitação

Para melhor operacionalidade do sistema, o CNJ tem ofertado desde o início do ano diversas capacitações para os usuários da ferramenta. A Cláudia Chaves foi uma das servidoras do Judiciário tocantinense que passou por capacitação no início do ano.

O curso contribui trazendo informações claras e objetivas quanto ao funcionamento da nova versão do sistema, disse a servidora que fez o curso BNMP 3.0 – Capacitação para Utilização.

Primeiro curso ofertado, desde abril desde ano, o BNMP 3.0 – Capacitação para Utilização, é voltado a capacitar servidores(as) e magistrados(as) dos tribunais. Possui ainda outros cursos específicos para os públicos diversos: o BNMP 3.0 - Perfis Consulta e Interação Órgão: Órgãos de Segurança Pública – MJSP (para os servidores lotados nas Secretarias de Segurança Pública ou de Cidadania e Justiça e servidores das Unidades Penais; e o BNMP 3.0 - Perfil Consulta: Ministério Público e Defensorias Públicas.

Para se inscrever em um dos cursos ofertados, basta clicar neste link.

Programa Justiça 4.0

Iniciado em 2020, o Programa Justiça 4.0 é fruto de um acordo de cooperação firmado entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio do Conselho da Justiça Federal (CJF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo é desenvolver e aprimorar soluções tecnológicas para tornar os serviços oferecidos pela Justiça brasileira mais eficientes, eficazes e acessíveis à população, além de otimizar a gestão processual para magistrados, servidores, advogados e outros atores do Sistema de Justiça.

O Programa Justiça 4.0 é fruto de parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A iniciativa conta com apoio do Conselho da Justiça Federal (CJF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 


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